quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Albert Schweitzer Goethe, Quatro Discursos

Albert Schweitzer

Goethe, Quatro Discursos.


Trad. de Pedro de Almeida Moura.

São Paulo: Ed. Melhoramentos,


1960.



Livro em bom estado de conservação, com .... pgs. escasso, saiba mais ...






Albert Schweitzer foi músico e profundo conhecedor da obra de Bach, e um dos seus melhores intérpretes; ganhou notoriedade pela sua dedicação na construção de órgãos. Formou-se em Medicina, Filosofia e Teologia na Universidade de Straburgo; em 1901 foi nomeado docente nessa mesma Universidade.


Recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1953, como reconhecimento de sua atividade como médico na África Equatorial Francesa, onde, em 1913, construiu um hospital na localidade de Lambaréné, Gabão; aí, passou parte de sua vida dedicada ao tratamento de doenças tropicais, no afã de minorar o sofrimento do povo africano. Retornava a Europa apenas para angariar fundos para a manutenção de seu hospital, realizando concertos de órgão e conferências públicas.


Schweitzer foi fortemente influenciado por duas importantes personalidades da cultura universal, quais sejam, Jean Sebastian Bach e Johann Wolfgang von Goethe. Inspirado em Bach, escreveu, no ano de 1904, em francês, JEAN SEBASTIAN BACH, Lê Musicien Poète; Goethe, por sua vez, inspirou-lhe os estudos sobre o poeta através de GOETHE, Quatro Discursos (Goethe, Vier Reden von Albert Schweitzer), publicado em Munique, Alemanha em 1950. No Brasil, a obra foi publicada em 1960 pela Edições Melhoramentos.


Essa editora publicou, além de Goethe, Quatro Discursos, outras obras de Albert Schweitzer: Minha Infância e Mocidade, Histórias Africanas, Entre a Água e a Selva, Albert Schweitzer – Uma vida Exemplar, Minha Vida e Minhas Idéias, Decadência e Regeneração da Cultura e Cultura e Ética.

Aqui abro (e fecho) um parêntesis neste texto para dizer que Albert Schweitzer era irmão de Charles Schweitzer, professor de língua alemã e tio-avô de Jean-Paul Sartre; Charles Schweitzer foi o responsável pela educação do neto famoso. Na obra As Palavras (Les Mots) de Jean-Paul Sartre, publicada no Brasil pela Editora Nova Fronteira, pode-se saber muito mais dessa descendência dos Schweitzer, além de fatos importantes sobre a sua formação.


Continuo com a fala sobre Albert Schweitzer e dos seus quatro discursos sobre GOETHE, pronunciados em épocas diferentes de sua vida e depois reunidos em livro. Neles o autor faz referência ao pensamento e à personalidade do poeta-cientista, seu guia espiritual. O Primeiro Discurso foi pronunciado no ato da entrega da “Medalha-Goethe”, em Frankfurt an Main, em 28 de agosto de 1928; o Segundo Discurso foi proferido nas solenidades do centenário da morte de Goethe, em sua cidade natal, Frankfurt an Main, em 22 de março de 1932; o Terceiro Discurso, foi pronunciado na cidade de Ulm, em julho de 1932, com o título: Goethe – Como Pensador e Como Pessoa; o Quarto Discurso, Goethe, O Homem e a Obra, foi proferido em Aspen (Colorado – E.U.A.), em 8 de julho de 19149.


Desses discursos de Albert Schweitzer sobre o escritor que, com Schiller foi uma das figuras centrais do movimento literário alemão, Johann Wolfgang von Goethe, também cientista e filósofo, autor de Werther e Fausto, destaco trechos do seu Quarto Discurso, O Homem e a Obra:


“Goethe, O Poeta. Em que consiste o singular atrativo de suas produções? Vejamos primeiramente o que diz respeito à linguagem. Goethe é um vidente. Fala através de símbolos, o que desde sua juventude reconhecia como peculiaridade sua. Possui o segredo de saber pintar com idéias. Vemos o que ele vê e quer que vejamos com ele.


Outra peculiaridade sua é não jogar com o patético de uma linguagem poética que possa fascinar com a ressonância dos vocábulos, de adjetivos impressionistas, mas o de expressar-se com toda a singeleza do falar comum, ao que sabe infundir extraordinária força de elocução. Comumente o ritmo de suas frases não coincide com o ritmo do verso. Fica como em atitude de expectativa em face destes. Há, nesse particular, há uma certa semelhança entre ele e Bach.


Sim, em Bach a composição é feita de modo tal que os temas não se ajustam ao ritmo nem ao embalo da cadência, tomando direção própria. Em Goethe o valor intrínseco da frase tem como conseqüência lógica a medida métrica dos versos, parecendo que estes são uma espécie de prosa de alta categoria, o que lhes confere soberba naturalidade e distinção.


Goethe, O Pensador. Qual a sua concepção do mundo? Qual a sua visão da vida? A que filosofia pertence? Goethe conhece as obras da filosofia sua contemporânea, como aliás é muito lido na filosofia em geral. Toma por obrigação estudar Kant, senta-se aos pés de Schiller, intérprete do filósofo, e deixa-se catequizar.


Goethe conhece pessoalmente a Fichte, Schelling e Hegel. Todos os três foram por ele chamados a exercer a cátedra na Universidade de Iena (Goethe foi Ministro-Presidente do Conselho de Estado, do Ducado de Weimar).


Fichte lecionou ali de 1794 a 1799, Schelling de 1798 a 1803 e Hegel de 1802 a 1807. Goethe, como podemos verificar de notas de seus Diários, assiste à explanação de Schelling e procura encontrar satisfação na pseudofilosofia natural do filósofo que menospreza a pesquisa empírica da natureza.


Afinal, ele mesmo se convence de que nem a Teoria do Conhecimento, de Kant, nem os sistemas filosóficos de Fichte, de Schelling ou de Hegel podem realmente oferecer-lhe algo. O pensamento deles pertence a um outro mundo que não o seu, porque procura aproximar-se da natureza, ao passo que o seu tem nela o seu ponto de partida.


‘Pelo meu próprio esforço sempre me vi livre da filosofia - escreveu Goethe certa vez – a maneira de as inteligências sadias verem as coisas coincidia sempre com o meu modo de ver’. Essa opinião poderia ser assim completada: já se gastou tempo bastante com a crítica da razão (Vernunft); preferiria uma crítica do entendimento humano (Verstand)”.


Johann Wolfgang von Goethe nasceu em Frankfurt an Main, no dia 28 de agosto de 1749 e falaceu em Weimar, Alemanha, em 22 de março de 1832.


Albert Schweitzer nasceu em 14 de janeiro de 1875, em Kaysersberg, na na Alsácia, que, na época, pertencia Império alemão, e faleceu em 4 de setembro de 1965, em Lambaréné, Gabão, África.



Livro que marcou época nos meios acadêmicos do estudo dos Evangelhos.

teologia liberal critica historica protestante biblia exegese hermeneutica etc

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Albert Schweitzer. Nascido na Alsácia, em 1875, detentor de três doutorados (Teologia, Medicina e Música), em pouco tempo tornou-se uma figura comentada no mundo inteiro, popularizado pelas inúmeras reportagens dedicadas a sua vida e a seu trabalho, transformando-se em objeto de admiração e de inspiração para as gerações que conheceram sua obra.


Albert Schweitzer foi o maior exemplo para a sua geração de que a dedicação à atividade intelectual preocupada com as grandes questões filosóficas e artísticas não exige o distanciamento das atividades humanitárias e o alheamento dos problemas cotidianos, como se as idéias pudessem ser tomadas independentes da realidade histórica e social. Seu trabalho na África não o impediu de lidar com a pesquisa teológica, nem diminuiu o seu amor pela música (Bach, especialmente). Pelo contrário, Albert Schweitzer sempre conjuminou estas áreas de atuação, declarando efeito motivador que uma atividade exercia sobre a outra.


Antagônico ao estereótipo de intelectual, Schweitzer uniu, como poucos no século XX, a erudição acadêmica, resultado de profundas pesquisas teológicas e musicológicas, e o trabalho de médico-missionário no coração da África, fruto do sincero amor pelos excluídos.


Organista concertista de fama teórico da música, pastor querido e pregador competente, diretor de um seminário teológico e professor de teologia, estudante incansável, autor de livros de sucesso, teólogo de influência sobre o século XX, pensador ousado e logo acusado de liberal e herege, homem de oração e de devoção com colaborações fundamentais tanto nos estudos de Jesus e os Evangelhos quanto nos estudos paulinos, intérprete de Kant e de Schleiermacher, produtor de uma poderosa reflexão ética, criador do princípio ético da reverência pela vida como valor absoluto.

Um médico competente, missionário na África. Humanitário respeitado por todos os povos, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, figura controvertida, um exemplo e um enigma, eis o gênio paradoxal chamado Albet Schweitzer.

Há muito tempo atrás, todos sabiam quem era Albert Schweitzer (1875-1965), o médico missionário, o santo gênio que abandonou uma promissora carreira acadêmica na Europa para dedicar-se às multidões de enfermos na África. O Longevo Schweitzer era freqüentemente matérias dos jornais e das revista, até mesmo as revistas mais populares nos anos 50 e 60.

No dia em que completava trinta anos, Schweitzer passou por uma experiência mística que transformaria para sempre sua reflexão e sua vida. Decidiu desde então que dedicaria sua vida a uma missão integral voltada para os nativos da África negra, e que iria estudar medicina para poder atendê-los em suas necessidades mais urgentes. Em 1906, Schweitzer iniciou seus estudos de medicina na Universidade de Strasburgo, os quais concluiria em 1913.





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